Estranho Fóssil antigo de Trilobita revela centenas de olhos

Estranho Fóssil antigo de Trilobita revela centenas de olhos

16/04/2023 0 Por cetico.kf

Um fóssil incrível de cerca de 390 milhões de anos atrás revelou alguns detalhes intrigantes sobre os grandes artrópodes marinhos que habitavam o oceano daquela época. Esses estranhos animais tinham olhos bem diferentes de qualquer outro animal já descoberto. 

Sem prestar muita atenção, até parecia que eles tinham um par de olhos distintos, mas na verdade eles eram grandes sistemas de centenas de miniolhos individuais próprios.

Atrás de cada lente desses miniolhos havia uma série de fotorreceptores e uma rede de células nervosas, que era capaz de capturar a luz e enviá-la por um nervo óptico central até o cérebro, criando o que só pode ser considerada uma forma inteiramente única de ver o mundo . 

Essa descoberta foi feita graças a um fóssil extremamente bem preservado encontrado na década de 1970. 

Trilobita Fossil

paleontólogo amador Wilhelm Stürmer já defendia há bastante tempo essa teoria que os cientistas confirmaram só agora, mas os especialistas da época rejeitaram sua interpretação, que demorou 40 anos para que finalmente fosse aceita. Stürmer, infelizmente, faleceu na década de 1980 sem ter o reconhecimento de sua descoberta.

fóssil em questão pertence a uma subordem trilobita, chamada Phacopinae, e possui olhos comparáveis ​​aos de uma mosca moderna, onde facetas hexagonais formam um grande olho composto com 200 lentes cada um, o que é muito mais do que jamais foi encontrado em qualquer outra espécie animal.

Trilobita especie

“Cada um desses olhos tinha cerca de 200 lentes de até 1 mm de tamanho. Sob cada uma dessas lentes havia pelo menos 6 facetas, cada uma das quais juntas formavam um pequeno olho composto. Portanto, temos cerca de 200 olhos compostos (um sob cada lente) em um olho”, disse a pesquisadora e zoóloga Brigitte Schoenemann, em um comunicado.

Segundo especialistas, esse “hiperolho” permitia que a espécie captasse pequenas mudanças no brilho em condições de pouca luz, o que lhes permitia uma grande vantagem na caça de presas ou pra se esconder de predadores maiores.

A pesquisa completa foi publicada na revista Scientific Reports.

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