Revelado o rosto de grande faraó do Egito Antigo
13/12/2024O faraó Amenófis III comandou o Egito Antigo por quase 40 anos, sendo responsável por um período de paz, prosperidade e de esplendor artístico, com a construção de monumentos luxuosos. Não é por acaso que ele recebeu o apelido de “O Magnífico”.
Apesar da sua importância histórica, no entanto, seus restos mortais não resistiram muito bem a passagem do tempo, diferentemente de outras múmias do período. Mas agora, mais de 3.350 anos após a sua morte, um grupo de pesquisadores realizou uma reconstrução facial do faraó.
Estado de conservação da múmia foi um obstáculo
- Ao longos dos milênios, a múmia de Amenófis III foi violada por ladrões de tumbas.
- Além disso, foi bastante desgastada pela umidade.
- Pesquisadores explicaram que o que sobrou da cabeça do faraó não permite tirar conclusões diretas sobre a aparência facial dele.
- Para complicar ainda mais, o governante não foi embalsamado da maneira tradicional, e sim submetido a um processo de mumificação bastante peculiar.
- Segundo a equipe responsável pelo trabalho, “ele parece ter sido seco em um banho de natrão líquido saturado, recheado, selado com várias camadas de resina”, o que o deixou “mais parecido com uma estátua do que com uma múmia convencional”.
- Mas nada disso impediu a recriação do rosto do histórico faraó, que foi publicada na revista Clinical Anatomy.
Modelo preciso do crânio do faraó foi criado
Para recriar o rosto de Amenófis III, os pesquisadores tiveram que confiar em anotações feitas pelo anatomista australiano Grafton E. Smith, que estudou a múmia pela primeira vez em 1905. Cruzando esses dados com fotografias da múmia, a equipe descobriu que o comprimento do crânio havia sido descrito de forma incorreta no passado.
Smith também mediu a distância entre os olhos do faraó, as dimensões de suas órbitas oculares, a largura de seu nariz e várias outras características importantes. Todas estas informações permitiram construir um modelo preciso do crânio do antigo governante egípcio.
Tomografias computadorizadas de indivíduos vivos ainda foram então sobrepostas para definir o tecido mole, dando uma reconstrução completa da face antiga do homem. No entanto, não foi possível sugerir qual a cor do cabelo ou da pele de Amenófis III, por exemplo.
Em função das limitações, os pesquisadores publicaram uma imagem “objetiva” sem cabelo, olhos fechados e coloração em tons de cinza. Uma segunda imagem, mais artística, também foi criada, desta vez exibindo uma versão de olhos abertos e colorida do faraó, completa com roupas reais apropriadas para o período em que viveu.
Fonte/Imagem: Olhardigital/Internet