
Há 12.000 anos, a China era habitada por um misterioso povo com cabeça de ovo!
23/08/2025
Há cerca de 12.000 anos, no que hoje é a província de Jilin, no nordeste da China, arqueólogos descobriram 25 esqueletos no sítio arqueológico de Houtaomuga, revelando uma anomalia alarmante: quase metade deles — 11 esqueletos, incluindo homens, mulheres e crianças — tinham crânios intencionalmente alongados. Essas descobertas, publicadas no American Journal of Physical Anthropology em julho de 2019 por pesquisadores da Universidade de Jilin e da Universidade Texas A&M, sugerem que esses indivíduos “com cabeça de ovo” praticavam modificação craniana, um processo em que o crânio é deliberadamente remodelado com o uso de ferramentas como madeira, trapos ou cordas. Os crânios, datados entre 12.000 e 5.000 anos atrás, apresentavam ossos frontais e occipitais achatados, marcando-os como alguns dos primeiros casos conhecidos de modelagem intencional da cabeça na Eurásia, possivelmente no mundo.

O propósito dessa prática permanece um mistério. Alguns pesquisadores especulam que ela estaria ligada a status social, papéis religiosos ou mesmo crenças de que crânios alongados poderiam aprimorar habilidades ou conectar indivíduos a poderes superiores. Outros, incluindo teóricos dos antigos astronautas, propõem uma ideia mais especulativa: a de que esses indivíduos estariam imitando seres extraterrestres com cabeças naturalmente alongadas, que se acredita terem visitado a Terra. Essa teoria aponta para a disseminação global da modificação craniana, que mais tarde apareceu em regiões como América do Sul, Egito e Crimeia, sugerindo uma possível difusão cultural originária da China há cerca de 12.000 anos — antecedendo o início dessa prática, estimado anteriormente, em cerca de 2.000 anos.

A descoberta desafia as linhas do tempo convencionais, pois antecede a Revolução Neolítica e sugere uma prática cultural complexa em uma sociedade pré-agrícola. Esses primeiros habitantes viviam em cabanas simples feitas de ossos de mamute, caçavam alces e veados e usavam ossos como ferramentas. Referências ao semimítico “Imperador Amarelo” e seus conselheiros, os “Velhos Tolos”, em antigos textos chineses sugerem uma história cultural profunda, mas nenhuma ligação direta com os crânios com cabeça de ovo foi confirmada.
Os céticos observam que, embora os crânios alongados sejam impressionantes, são inegavelmente humanos, resultantes de modificações intencionais e não de origens alienígenas. A prática, embora dolorosa, foi difundida globalmente por milênios, com algumas comunidades africanas a perpetuando até hoje. A motivação exata — seja estética, espiritual ou social — permanece obscura, deixando o “povo com cabeça de ovo” como um dos enigmas duradouros da arqueologia.