Desvendado mistério de esqueleto medieval com mais de 800 anos
01/11/2024Cientistas noruegueses identificaram detalhes sobre a aparência e origem de indivíduo conhecido como o “Homem do Poço”
Pesquisadores descobriram novas evidências científicas que ligam um esqueleto de mais de 800 anos, encontrado em 1938 no Castelo de Sverresborg, na Noruega, a eventos descritos na antiga “Saga do Rei Sverre Sigurdsson”, durante o fim do século XII.
Utilizando análise genômica avançada e técnicas arqueológicas, cientistas desvendaram detalhes notáveis sobre a aparência e a origem dos restos mortais. Denominado como o “Homem do Poço”, o indivíduo foi supostamente jogado no poço de um castelo em 1197, durante um ataque militar, com o objetivo de contaminar a água local.
“Esta é a primeira vez que uma pessoa descrita nestes textos históricos foi efetivamente encontrada”, afirma o professor Michael D. Martin, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU). Segundo ele, avanços nas técnicas de sequenciamento genético estão ampliando a capacidade de estudar restos humanos antigos e medievais em toda a Europa.
O estudo, divulgado na revista iScience, baseia-se em restos mortais encontrados inicialmente em 1938, quando foram descobertos ossos no poço do Castelo de Sverresborg. Naquela época, no entanto, não existia tecnologia para uma análise detalhada, limitando os investigadores a um exame visual básico. Foi somente em 2014 e 2016 que escavações mais abrangentes foram realizadas, permitindo aos pesquisadores recuperar restos adicionais, incluindo o crânio separado do corpo.
Agora, a ciência moderna revelou, a partir da análise de um dente da lenda medieval, que o indivíduo era do sexo masculino, com idade entre 30 e 40 anos, e que provavelmente tinha olhos azuis e cabelo de cor clara. A descoberta sugere ainda que o corpo pertencia a alguém do sul da Noruega.
Outros tipos de análises, como as que se referem a potenciais agentes patogênicos que o ‘Homem do Poço’ possa ter transportado, não foram possíveis. Para evitar a contaminação por manuseamento anterior, os cientistas tiveram de remover a superfície exterior do dente do indivíduo, antes de triturá-lo para obter seu DNA.
Fonte/Imagem: Epóca Negócios/Internet