Cientistas descobrem asteroide ‘capaz de destruir cidades’ em direção à Terra e alertam sobre possível impacto

Cientistas descobrem asteroide ‘capaz de destruir cidades’ em direção à Terra e alertam sobre possível impacto

04/02/2025 0 Por cetico.kf

No vasto universo, onde bilhões de corpos celestes vagam sem destino, um deles recentemente entrou no radar dos cientistas. Trata-se do asteroide 2024 YR4, descoberto em 27 de dezembro do ano passado por um telescópio automatizado no Chile. Desde então, ele subiu rapidamente na lista de riscos de impacto da NASA e da Agência Espacial Europeia, gerando debates e até a ativação de protocolos de defesa planetária — algo inédito na história da astronomia moderna.

Com aproximadamente 100 metros de diâmetro, o 2024 YR4 tem tamanho suficiente para causar destruição em escala regional caso atinja a Terra. Para se ter uma ideia, um objeto desse porte liberaria energia equivalente a centenas de bombas atômicas, devastando uma área equivalente a uma grande cidade. Mas antes que o cenário apocalíptico se instale na sua mente, é preciso entender os números por trás dessa história.

Atualmente, as estimativas indicam que o asteroide pode atingir o planeta em 2032.

Atualmente, os cálculos indicam uma probabilidade de 1,3% de colisão com a Terra em 22 de dezembro de 2032. Traduzindo: há 98,7% de chance de o asteroide passar longe do nosso planeta. Para Colin Snodgrass, professor de astronomia da Universidade de Edimburgo, o mais provável é que o objeto continue sua jornada pelo espaço sem nos atingir. “Ele merece atenção extra por enquanto, mas, à medida que observamos sua órbita, as previsões ficam mais precisas”, explica.

A descoberta do 2024 YR4 não só mobilizou a comunidade científica como também acionou, pela primeira vez, procedimentos globais de defesa planetária. Esses protocolos envolvem monitoramento contínuo, simulações de trajetória e até discussões sobre possíveis medidas de desvio, caso o risco aumente. Apesar do tom sério, especialistas reforçam que não há motivo para pânico. David Rankin, caçador de asteroides do Catalina Sky Survey, ressalta: “As chances de impacto ainda são muito baixas. O cenário mais provável é um ‘quase acidente’ cósmico”.

O asteroide tem 100 metros de largura e poderia causar destruição em escala de uma cidade.

Curiosamente, os cálculos atuais traçam um “corredor de risco” que se estende da América do Sul ao oceano Atlântico e chega à África Subsaariana. Essa faixa indica as regiões com maior probabilidade de serem atingidas, caso o asteroide realmente entre na atmosfera terrestre. No entanto, Rankin adverte que essa projeção pode mudar radicalmente conforme novos dados forem coletados. “A cada observação, refinamos nossa compreensão sobre para onde ele está indo”, complementa.

O 2024 YR4 está sendo rastreado por telescópios ao redor do mundo, incluindo sistemas automatizados que varrem o céu em busca de ameaças. Astrônomos usam uma técnica chamada “determinação orbital”, que combina múltiplas observações para prever o caminho do objeto no espaço. Quanto mais tempo ele é monitorado, menor a margem de erro — e mais clareza os cientistas terão sobre seu destino.

Enquanto isso, a humanidade segue sua rotina, e os especialistas garantem que dormiremos tranquilos até dezembro de 2032. A história do 2024 YR4, porém, serve como um exemplo fascinante de como a tecnologia está avançando na detecção de potenciais ameaças espaciais. Seja qual for o desfecho, essa rocha cósmica já garantiu seu lugar nos registros da astronomia contemporânea.