Bizarro tubarão capturado na Austrália assusta quem o viu

Bizarro tubarão capturado na Austrália assusta quem o viu

03/11/2023 0 Por cetico.kf

Sucesso nas redes sociais

Em 12 de setembro de 2022 Trapman Bermagui, um pescador australiano, compartilhou no Facebook a imagem da ‘criatura’ por ele pescada. Foi o que bastou para inundar as redes com as imagens. E não é para menos, convenhamos.

Segundo o www.livescience.com, ‘Um tubarão extremamente peculiar, encontrado nas profundezas do mar com olhos esbugalhados e um sorriso que parece humano, foi recentemente trazido à superfície ao largo da costa da Austrália. A imagem revela a pele áspera, semelhante a uma lixa, um focinho grande e pontiagudo, olhos expressivos e dentes brancos perolados à mostra’

‘As características excepcionais desse tubarão rapidamente atraíram a atenção de outros usuários do Facebook, deixando-os surpresos ou aterrorizados com a criatura. Um comentarista descreveu o espécime como ‘material de pesadelos’, enquanto outro afirmou que o ‘sorriso sinistro’ da criatura lhe causou arrepios.’

Pescador conversou com a Newsweek

Assim que a foto foi vista, os palpites começaram a surgir imediatamente. Alguns diziam ser um Tubarão-charuto, ou cookiecutter, o pequeno infernal.

Contudo, a revista Newsweek conseguiu entrevistar Bermagui. ‘Definitivamente, não é um Tubarão-charuto, disse ele. “É um tubarão de pele áspera, também conhecido como uma espécie de tubarão-cão.’ E concluiu o pescador: “Esses tubarões são comuns em profundidades superiores a 600 metros. Nós os pegamos normalmente no inverno.”

Dean Grubbs, diretor associado de pesquisa do Laboratório Costeiro e Marinho da Universidade Estadual da Flórida, também fez comentários sobre o assunto. Ele informou à Newsweek que a espécie em questão parece ser o Centroscymnus owstoni.

De acordo com Grubbs, que os estudou, esses tubarões também são encontrados no Golfo do México e nas águas das Bahamas. Ele explicou: ‘Os exemplares que pesquisamos vêm de profundidades entre 740 e 1160 metros, um pouco mais fundo do que este avistado. Eles pertencem à família Somniosidae, conhecida como Sleeper Sharks, a mesma família do tubarão da Groenlândia, embora sejam obviamente espécies muito menores

De acordo com uma descrição desta espécie no Smithsonian Tropical Research Institute, o cação de pele áspera tem uma boca curta e lábios grossos, alcançando um tamanho médio de 120 centímetros e geralmente habita profundidades de até 1.500 metros

Dúvidas sobre a ‘criatura’

Entretanto, há divergências de opinião. A Newsweek entrevistou Christopher Lowe, professor e diretor do Laboratório de Tubarões da Universidade Estadual da Califórnia em Long Beach. Ele comentou: ‘Parece ser um tubarão-gulper de águas profundas, conhecido na Austrália’, embora tenha observado que não conseguia determinar o tamanho completo do tubarão pelas fotos publicadas.

Live Science também buscou uma identificação precisa e entrevistou Brit Finucci, cientista de pesca do Instituto Nacional de Água e Pesquisa Atmosférica da Nova Zelândia, especializada em tubarões de águas profundas

Para Brit, “É um tubarão gulper.”  A informação foi confirmada por outro especialista. Desta vez, Charlie Huveneers, cientista  da Universidade Flinders, na Austrália.

“No passado, os tubarões gulper eram alvos de pescarias por seu óleo de fígado, em Nova Gales do Sul”, disse Finucci.  Os tubarões gulper em sua maioria são “muito sensíveis à superexploração da pesca” e, como resultado, “algumas espécies estão agora altamente ameaçadas e protegidas na Austrália.”

O que nos mostra esta descoberta?

Entre outras coisas, que ainda sabemos muito pouco sobre os oceanos e suas criaturas. Estimativas sugerem a existência de entre 700.000 e um milhão de espécies marinhas, mas mais de 91% delas permanecem não classificadas até o momento.

site da NOAA, a agência norte-americana responsável pelos assuntos marítimos, destaca que ‘os cientistas estimam que 91% das espécies oceânicas ainda não foram catalogadas e que mais de oitenta por cento do nosso oceano não foi mapeado, observado ou explorado’.

O site da NOAA – agência norte-americana encarregada de tudo em relação aos mares, diz que ‘os cientistas estimam que 91 por cento das espécies oceânicas ainda não foram classificadas e que mais de oitenta por cento do nosso oceano não está mapeado, não foi observado e não foi explorado. 

Não seria apropriado aumentar os investimentos em pesquisa oceanográfica?

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