Anomalia gravitacional na Antártida
14/10/2024Aninhado na paisagem congelada da Antártida está um círculo desconcertante com um diâmetro que se estende por 500 quilômetros. Revelado em 2006 por meio de dados de um satélite da NASA, essa característica quase perfeitamente redonda acendeu debates e estimulou investigações científicas completas.
O mistério se concentra em um campo gravitacional excepcionalmente forte observado na área. Cientistas apresentaram várias hipóteses para explicar esse fenômeno intrigante, desde a presença potencial de espaçonaves alienígenas até a sugestão de portais para dimensões alternativas.
No entanto, um estudo recente de astrobiólogos da NASA oferece uma interpretação mais sombria: a anomalia desconcertante pode estar ligada a uma antiga colisão de asteroides.
“Perto da anomalia gravitacional na Antártida, identificamos uma estrutura de anel que apresenta semelhanças impressionantes com aquelas vistas perto de grandes zonas de impacto de meteoritos”, observou a astrobióloga Jennifer Eigenbrode do Laboratório de Ambiente Planetário da NASA.
“Considerando seu tamanho, este meteorito pode ter sido um dos maiores a atingir a Terra, com um diâmetro estimado de cerca de 50 quilômetros. Ele teria excedido o tamanho do corpo celeste que levou à extinção dos dinossauros.”
Pesquisadores especulam que há cerca de 250 milhões de anos, este asteroide maciço colidiu com a Antártida, desencadeando um dos eventos de extinção mais devastadores da Terra — a Grande Extinção do Permiano.
Esta ocorrência catastrófica resultou na perda de 96% da vida marinha, mais da metade de todas as espécies vertebradas e quase todas as populações de insetos.
Eigenbrode enfatizou: “Este evento representa a extinção em massa mais grave já registrada na Terra. Agora suspeitamos que vestígios deste antigo desastre permanecem na Antártida, servindo como um lembrete assustador das imensas capacidades destrutivas dos eventos cósmicos.”
Fonte/Imagem: Object51