A primeira queda de governo da história indicadas por relíquias de 5 mil anos

A primeira queda de governo da história indicadas por relíquias de 5 mil anos

05/12/2024 0 Por nachos.cetico

Dezenas de tigelas de barro antigas podem ser evidências da queda de um dos primeiros governos do mundo. Os objetos, que foram desenterrados em um antigo sítio arqueológico no atual Iraque, teriam sido utilizados para alimentar a população em troca de trabalho na antiga Mesopotâmia.

No entanto, segundo pesquisadores responsáveis por um novo estudo, o local acabou sendo abandonado, indicando que a população local rejeitou a autoridade centralizada. Demoraria mais 1.500 anos para que uma nova autoridade governamental existisse na região.

Objetos fazem parte de um dos assentamento mais antigos do mundo

  • As descobertas foram feitas em Shakhi Kora, um sítio arqueológico localizado a sudoeste de Kalar, na região curda do norte do Iraque.
  • O local abriga os restos de um assentamento que data de aproximadamente 4.000 a.C.
  • Se a teoria estiver correta, este seria o primeiro exemplo do mundo de um governo (embora embrionário).
  • Além disso, representaria a primeira queda de uma autoridade centralizada da história da humanidade.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Antiquity.

População teria rejeitado governo e abandonado o local

A hipótese dos pesquisadores se baseia na localização de um grande número de tigelas de cerâmica antigas, chamadas tigelas de borda chanfrada. A equipe acredita que estes artefatos tenham sido usados para fornecer comida em troca de trabalho, uma forma primitiva de autoridade centralizada.

A análise dos resíduos dentro de algumas das tigelas indica que muitas eram usadas para servir carne, possivelmente como caldos ou ensopados. Isso sugere que rebanhos de ovelhas e cabras eram mantidos perto do antigo assentamento para esse fim.

Os pesquisadores também acreditam que muitas pessoas viajaram para Shakhi Kora para trabalhar no local. Escavações mostraram que pelo menos um dos edifícios apresentava pilares e sistemas de drenagem que evidenciavam a influência do sul da Mesopotâmia.

No entanto, o trabalho da equipe acabou revelando que o local foi abandonado no final do quarto milênio a.C. sem quaisquer sinais de violência ou pressões ambientais. A hipótese apresentada é que a população teria rejeitado a ideia de um sistema centralizado de poder, voltando para suas fazendas familiares.

Fonte/Imagem: OlharDigital/Internet